Vendas caem cerca de 40% na Feira do Peixe Vivo de Santa Maria

As vendas da Feira do Peixe Vivo de Santa Maria, durante a Semana Santa, reduziram em cerca de 40% em 2016. Os números são, por enquanto, uma estimativa da Associação dos Psicultores.

No ano passado, foram comercializadas 110 toneladas, e a expectativa para este ano era chegar a 120 toneladas. No entanto, com a redução de 40%, a quantidade de peixe comercializada ficou em cerca de 66 toneladas. A estimativa foi feita em conversa entre os produtores de peixes. Na próxima semana, será feito o balanço oficial.

O presidente da associação, Paulo Schuster, atribui a queda nas vendas a dois fatores: a crise econômica, cenário de todo o país, e o fato de a feira ter acontecido no fim do mês, quando as pessoas já gastaram boa parte do salário. Além disso, Schuster acredita que a chuva forte que caiu em Santa Maria na Sexta-Feira Santa atrapalhou os moradores que deixaram para comprar o peixe de última hora.

A produção de peixes em Santa Maria cresceu 500% desde 2009 até 2015, e o número de produtores cresceu de 70 para 125. No entanto, produtores não podem vender o pescado durante o ano todo porque o abatedouro da cidade está fechado. A Semana Santa, com a Feira do Peixe Vivo, é a alternativa para o setor.

Schuster afirma que o setor perdeu uma venda de R$ 43 mil para o Restaurante Popular de Santa Maria porque o abatedouro, que fica no distrito de Arroio Grande, está fechado. O local está pronto há cerca de nove meses, mas aguarda vistoria dos Bombeiros.

A produção em Santa Maria se concentra nos distritos da cidade, com destaque para o Distrito de Boca do Monte, que concentra 70% dos piscicultores.